loading

Logout succeed

Logout succeed. See you again!

ebook img

Teoria Geral dos Descobrimentos PDF

pages76 Pages
file size1.12 MB
languagePortuguese

Preview Teoria Geral dos Descobrimentos

CADERNOS DA •SEARA NOVA• SECÇ.\0 DE ESTUDOS IIISTÚIUCOS Teoria fieral dos Descobrimentos Portugueses A geografia economia e a da Restauração (Con•unlca(ôc• saprc•cnLcdal •o Con11rc,..ao do Mundo -IWO} J•urlu~uta 1"01( LISIIOA SI:.\ ltA NOVA 1 9 ·I O - Ao coll/iar·IIOJ n p116licnf•io illrt<linln ciJUu cft~I<IJ :.•fllio.sns rDIIIIIIlicnçiJts no Co11grcs.so elo ltlutulo /,or lll!flltS, dr 19-Jo, o <llll01· co11/,. pcrmilc-~ro.<lorrrd·ltU tidns c/11111 priblico z·.rslo. Os t•olrmJt3 cm ~:roSJos 'f"C se compiln111 n.-. lt."rs tios COIIJlrts.so.s clLslilln"'-M c;,, >o6rtt11do nos cJirulioJos r crudilos. rac/<r11D de ptigitra., t•ai tis lOJa lllliiOS c/1 Ctlll IIIÜOS t/6 Q gmtc. jnime Corlr.<do tJiuJo.•. cnmlt~uoll, 11r~lts ns icltns t..$$r11ciais m11ilos tlt ntiOS c/~ Íllt'~.fligar•lo. E ""' ltiJitJrinllor utto rttCtS5ilt1 ,/r r't~l(•lr tJII6 a pro6iclad da!l ,,n, cu•uiJ,.rnrl'n co111 ""''' nu...'C/,_ ritltulr tlt' forma, I Stlltrrlulrtl. .ttr·trtl ntlllft,.. ltl(tro dr Jrtclo.J e pormr11orr.•, rm ntj•• rt611'-M 'l'ui.. . s;,,,,. . , mo11 os ollws arq11ir•o." tlt Snillt. .. frio~ ~. I i." l .. olldt r.J, j/111 c-mtr lllrrtl ''ft•rcltl• 'til ~ lit~~firlr: """rn 11m, q11c J>Cidtnl dt mmfllo ""' lti:Jio. .<~rt·ir ritttlur !i, ltllllns r·~r's fiuli•liolOI. rorr/uJN 1 tlll• .... gt1r~ As f>tigilln.< jiruris tllls Jois lrnb,r/hos :t<>lrrtt••. . o:r tl"tltiilo o lli51ori.ulor·, tro illtlr/'rtlr c/rt_, tiiJ JtX'IIMffl· ••• • tos o citfatltlo d, do mundo, o 9ue Por/ligai~ l10111'm afir"''' 110 jul1o tio pri111riro t!llltlo: •O u11iver.J~ li"smo qu,re cli=tr IIIOl"ÍIHtlllo t com11111111o d~ idLDI; e o progrt.sso narrlo tJ/d 11a aclllali ..a rdo con•· tlr~r11a lmllt das suas /raclipit-3•. lgmzl amplit11de de coll ct/Jrtlo ~ illltrprda(tio a11i111a111 as collciiiJÜt8 do u· gu11do trabalho. Ess~ alto irrttrl5S l11mlfliiO conJ· o ,aior :.•alor das duas conlllllica,iiu e li/11~ tU.W· g11ra-/lu.$ Ílllttlialamtlllt', tlllrt 11ds, 11111a tJ./Jnlls4o d11 maior lllilidntll Lducalh:a social. R. C. TEOIUA GEI~AL DOS DESCOBRI:'\tE:o;TOS I'OJ{TUGUESES Consideramos os Descobrimentos portugueses, pelos suas origens c derivações, como o zenlte da história nacional, a base do nosso car{cter de Na ç:to, o fundamento e a afirmaçao mais tennimnte da sua lndependencla. Eis por que apresentamos a hte Congresso o trabalho que vai ler-se. Porque nos f:. diflcll, dada esca•sez do espaço 1 concedido, lazer mna ou várias de comunlcaç~. car.tcter original, sObre lados ldstllrlcos, perl<itJ.· mente documentados, decldlmo·nos a bosqueJar mna vbJ.o de conJunto, allbre da 1 hl•lórl~ rxr~n· s.1o nacional. O volume da• nona• lnvcstiaaçOn e a novidade dos aeus rrsult•dns pcrmllem-nos propor um •1nadrn l!enl das cousat, do J>r<lC\'1\0 de desenvolvhnento, du 1b txl••n· con•rqO~ndu portnr,ueu. A do lema ..· nns a s~o vnlld~o obr~ debuxar at>cna. as linhas J,:eral•, a un• tra~ar U• quema, lornmlado snmàrlamcnte, e, 1•or co~ despoJado, qubi sempre, da demonstraçlo <tü~ncla, lógica e da verlllcaçto documental. ndvcrllr no entantn que resumo D~ventos ~ste nssenta, na sua maior parte, sObre alguns tra~· lhos quisi descouhrcldos cm Portugal, ou em •• • • • curso de publicaçao, no momento em que escre vemos: U traiU d la d~ Tord~llas dlcouv~rl~ de I' comunlcaçao lida ao Con Amlrlqu~. •XXII." cresso Internacional dos Amerlcanhtas•, reúnldo em Roma, em Setembro de IIJ2!'J; Tlle preeolum blan of Amorlca, conlcrlncla realluda em dlscov~r 1936, no Centre de Sclentiflque, em Pa Synth~se ris, e publicado em Oeot:rapllleat journal, de Til~ Londres, Janeiro de 1937; /.Ds descubrtmlm!tn pru<Jiomblnos los e 1/lsldrla dd d~ portugues~s Brasil, (ed. Salvai, de Barctlona, no prelo); A teo ria do segrldo os portugueses ~ D~scobrlm~ntos (ed. lnquErito-no prelo); Portugal na Htst6rta da lfumanldade (cd. Portucalense Editora -no prelo). Como a guerra de Espanha lnterrom· peu, nJo sabemos por quanto tempo, a lmprcSSjo duns, e Ignoramos até que ponto a guerra eu· ropela podcri Influir nao aó na pubticaç3.o dos outros, rnaa em projectos de tr•balhos ulterio res, n3.o menos ameaçados J>ela carência edito rial portu1:ueu, aflr.u ra·•e·nus nlo aer de toJo destituldo de lnterh1e, aumarlar as conclu••'c• dhses estudos. A bte ensaio chamamo• l corJa, por duas r .a· zôcs de caricter metodolóKico. l"corla, l'm prl· meiru lugar, pon1ue pretende aer mna ronttpç.lo met(>dlca, venflcnda na história gcrql da <"l<J'-lntlo gco(:r4flca dos outros povos, c apllc.ao.la cm Kcguio.ls à lnterprctaçno dos Descobrimentos portugueses. Teoria Igualmente, porque algumas das opiniões que vamos expor um caricter de U~m hiJ~tcscs, lO tanto mais quanto nute breve estudo nlo pode mos comprovar algumas. Allh, se a caus.1lidade histórica, Infinitamente complexa, faz •tE cerJo ponto da história, corno dizia Renan, urna cl~ncla conjectural;êsse carácter mais se acentu•, como ve remos, na história dos descobrlrnentos geogrilicos, Escrevemos h te ens.11o na perfeita conscl~ncl• de que a sua conccpç1o e conclusOc•, Uo conlrJ.· rias l venao cl!ssica, vao levantar duma parte das pessoas que, em Portugal, se ocupam de1tes pro blemas, cepllcl•rno e lmpuguaç1o hostil. O cuicter multo particular da história dos des cobrimentos levou-nos a aplicar ao seu estudo um especifico, que pode resumir-se em rn~todo duas teorias: uma económica, e outra gcogr! fica, completadas por urna concepçao geral da história. A primeira, que di b razOes econórnl cr.s a primazia na causalidade da expanslo gco er!lléa, e que podemos chamar a ''"r/a d.J SI· gr/do, pode resumir-se seguintes induç!ks, de 1111 carácter sociológico, Iludas, por comparAçlo, da história ~~:eral: Os grupos sorlals, bastatlos nt> tt>mlrtlt> 1114rl· timo, ltJiclaram um nt>ro •bltmtl qu~ ti~ t1ffJIJIIJ4.1, para erltar a rotJCorrlnrla, a l~tJdem, trat~sft~r•d·lo tm mouop6/lo e a tlefrn•ll-lo tanto mais, qaa11to mmor o so:lal e a conllnultladt d,, s~ja I'Oium~ tlomllllo pr6prlos, e maior '' n"rldad• ~contlmlto 1'<'4" dos lustrummlos produ/ores o ndmrro e o ~ dos cotJCorrml~s. 11 Conformr a maior 011 mtllor tordstlllrJa d~tlnt assim os gruplls t marlll· conrl/ç(J~s, comtrtlanl~s mos ullllzaram n11 drfrsa do monoprfllo: I - llmllaçtlo ou rulustla tios rslra•tgtlros do .~ melo sorlal rtsprdi!'O (Veneza c I !ansa); 11 - O slr.llo na s11a politica, cm "Ptcinl, pdo di docume11los c llobnda); s~qucstro (Vcn~73 11 I - A orr.nnlznçtlo da tsplonttgcm nos palsn concorrtnl s (11or exemplo Veneza c E.•p.l· nh>): IV- A po/lllca do more c/ausum, por mtlo d~: al A diflls(Jo de leuJas protbltlras (por cxcm· pio Cartago); b) O segrldo gtogrclfico ( Carl>go, Non•cg~. llanu, r.::iplo mamclucn, llula1111l); c) A organlzaçtlo pollllra pc>r mtlo d troJtaJ s r de llnrltartlo tlr Jtc>ntu c (Cart~co NuruCt'~); d) A apllcaç(Jo tlr Sll'l(o!tt rlo•ltnloJt t-on/ToJ cs lratltf!TtS50rtr (CArllf:u, I hn•a, t'ojllplo) m~· mcluco, llol>nd.>), 0 l<'ldas a• dJ SCj!f~do C '"filiAl CllllCUI d~ co··•· lc•a nstuclnsA lii:Dnl-!c olc A um~ CIJ•I!d~ plexo de inlcriorh.l•dc que dl•lh•truc "' ~o,rnr sociais. que cstamm ewtud.nu.l''· l'udcrhnu'"• 11ot'. ainda resumir c!! c• principio• ola lurmA: s~ulntc • 1i7tlo o gmpc> soda/ loasrdolo •·'"" is· 11111 """" lttnll,tlt mnrltlmn trn.lt, pda Sllprrapt.J t.~pans(Jc> d11 drfesa contra coJncorrlnclrl, a " cl '!laiJr/~ur \J eqllillbr/o as lk/iclbtclas t!o nticleo orlgrm ~11/u ,/~ e o fimbllo da lrradill(IJO r.xlrrior. Estes c uacleres d.:lo nos marltlmos e povo~ descobridores uma fisionomia espeelaltSo dc:fmlda quanto a podem determinar a conccntraç.;to su~ social ma.ls densa, o seu modo de vida e ~pccb· lizaçao o cosmopolitismo das lnflutncia.. e l~cnlca, da cultura e um coudlclonallsnao prec.trlo da se gurança. fransposto c superado pelo estado em rcali7..o.çOes polilicds, o instinto de defesa assumiu em certos povos marllimos a forma superior duma conscicncl3 colectiva. Só por si o monopólio lrn· plica quisi sempre o segrédo. foi a exacer· ~las b3ç3.o c hipertrofia dbse sentido de defesa, ao sabor das V3rl3ç0es no cqulllbrlu dn lórças, que levou povos à5 comrllrxns lnveuçOcs do aqu~le\ sl1:ilo c transformou o luslluto cm conscil!ncla e éstc por vezes em psicose, lste 11111113 exacerb!· ~. ç.1o mórbida e destrnlllur,,, Por via de regra, na dos povos •lcsco hl\h~rla hrlrlores observarn"'e lacunas ou obscuridades, por orgJnlutLl de documentos, N!o •ó mui• car~ncia los factos delxnr.rna tle ser l't't:l•l.uln• dellt~r~JA· mente, rn3s o pr,;prlo se<JU.Siro de document-a, dlllcultJndo em extremo a sul dilus1u, t•rer•aroiU o seu desaparechnentn 1•arn sempre. (1-x. c:.JI~'\-&o dJs rciJçOes dos cmbJixatlorc• .re V«"neu durante os s~culos l\\' e XVI). r:m relaçl\o à critica hlslórka, a r•olllica de sir,ilu llmltJ n possibilidade de lhrnur; intwdu%, por vezes, nm clemrnto de probJl•iiiJadc, que ·~ nlo licito pôr de parle na recon,lltuic;lo do ~ passado; e impOe o ex:une critico de IOdas a1 fon tes 11 luz das condlc;Oet que poderiam levar o au tor a esconder ou desfigurar a verdade. Essas mesmas necessidades aCilnle exeg~tlcas, lham a estudar, ao lado da economia, a geograli.1 dos descobrimentos. E' costume dizer-se que as da Natureza sObre as morais, ci~ncias t~m ci~ncias em cuJo número se conta a história, a Imensa van tagem de poderem verificar constantemente, pela observaç:to e a experiência, os factos que lhes ser vem de b.ue. Nao esqueçamos que a história dos Descobrimentos, se nâo l! uma experimen cl~ncia tal, ê a hlstclrla das duma ex experl~nclu ci~ncia perhnenlal ou de observac;!o, a Todos geogrdi~. os resultados destas os conhechnentos experl~ndas, geográllcos, n• sua mais ampla acepc;lo, eUo hoJe deOnillvamente estabelecidos. Ora da mtsma hls· tórla universal podentos hhluzlr a regrA at~o:ulnte geral : O mov/mmlo uptltls/Jo marlt/mll ' ti# t» d~ V!1amtnlo ou lns11l•" foi d,t,llll l.~ltr-conllnmlal tmdo, /anlo por urltiS conup(D" • • ,. SltiJ~rJ(I;~ rammlt tJptcllllllii'IJJ, c••mo, ptl•s ~ orl'lt/plll••<~•ll, dt proxl111ldtJob "'"'' rtla(~tt ~~Of:rd/1~. 011 lllotJWJ .s acmltmdas ptlo• l'tni&JJ • torflnllf, o• uja, ,.Iradas mnrlllmaf. (lmlonhlos c polh1hlos no Indico e no Pacifico; os norman.los e Colombo no 1\tlàiJtlco). ne sorte que primeira das e t\nica 11 prova~ lnlallvel, em história dn geografia, o acôrdo entre ~ 11

See more

The list of books you might like